quinta-feira, 5 de julho de 2007

DIET OU LIGHT?

Diet ou light?

Hoje, existem inúmeras opções de produtos diet e light no mercado.
Mas, qual dos dois é o mais indicado para quem deseja perder (ou mesmo manter) peso, para os diabéticos e para os hipertensos?
Os alimentos diet são indicados para diabéticos e hipertensos e se caracterizam pela eliminação de algum tipo de nutriente contido no alimento original, como por exemplo, carboidrato, açúcar, proteína, sódio ou gordura.
Já os light, são caracterizados por uma diminuição das calorias.
Prova disso é que para um produto ser considerado light, ele deve apresentar uma diminuição de, no mínimo, 25% do total de calorias da versão normal.
A confusão mais comum é comer um alimento diet pensando que ele contenha menos calorias e não irá provocar ganho de peso.
Porém, a eliminação de um ou mais nutrientes que caracteriza o produto diet não significa, necessariamente, diminuição de calorias.
Exemplo notório é o chocolate diet, que apesar não de não conter açúcar, apresenta uma quantidade maior de gordura, igualando as calorias com as do produto normal.
Outro erro fácil de ser cometido é abusar dos alimentos light por se tratarem de produtos pouco calóricos.
É difícil encontrar algum que apresente uma diminuição de 50% nas calorias.
Ou seja, ser light não significa que se pode comer o dobro da versão convencional sem correr o risco de engordar.
Portanto, fique atento ao seu objetivo na hora de escolher alimentos diet e light.

Sinal verde para os carboidratos

Tem gente que nem fala o nome deles com medo de engordar.
Puro preconceito: os carboidratos podem - e devem! - estar presentes na dieta de quem pretende emagrecer e manter o corpinho esbelto.
O segredo é saber escolher. "Esses nutrientes dividem-se em duas categorias: os simples e os complexos.
São esses últimos que devem prevalecer na dieta de quem pretende se livrar dos quilinhos extras", afirma a endocrinologista da equipe médica do Dieta e Saúde, Márcia Jablonka Kelman. Os carboidratos simples, como o açúcar e o mel, têm um teor maior de glicose e são digeridos mais rapidamente.
Resultado: você sente fome pouco depois de comer. Já os nutrientes considerados complexos têm digestão mais lenta, mantendo uma saciedade prolongada - pães, biscoitos, cereais, massas, arroz, grãos, vegetais e frutas são alguns exemplos.
Na versão integral, esses alimentos são ainda mais indicados na luta contra a balança, pois as fibras contribuem para que você demore a sentir apetite novamente. Eliminar de vez os carboidratos, em contrapartida, só favorece o aparecimento de males como dor-de-cabeça, irritação, cansaço físico e mental - estados de ânimo que supercombinam com chocolatinhos, biscoitos e mais outras guloseimas que transbordam calorias.
"Quando estamos com muita fome, procuramos sempre algum alimento que contenha carboidrato. Isso não é à toa. O organismo alerta para essa necessidade", ressalta a nutricionista do Dieta e Saúde, Erica Lopes.
Atenção à quantidade ingerida, claro, é fundamental, pois o macronutriente se armazena em forma de gordura se for consumido em excesso.
"O ideal é que o consumo de carboidratos componha pelo menos metade das calorias ingeridas diariamente", diz a nutricionista Lucinete Souza, também da equipe Dieta e Saúde.
Em uma dieta de 1400 kcal/dia, por exemplo, a quantidade de carboidratos resultaria em aproximadamente 175g (Para calcular as calorias necessárias em sua dieta, clique aqui e faça uma avaliação gratuita).

Abaixo você confere uma tabela com a quantidade de carboidratos presente em algumas de suas principais fontes.
Alimento Quantidade Carboidrato

Biscoito água e sal 1 unidade 5g
Barra de cereal light 1 unidade 17g
Pão integral 1 fatia 14g
Pão francês 1 unidade 28g
Pão de forma light 1 fatia 11g
Aveia em flocos 1 colher de sopa 10g


Prato Saudável
Pirâmide alimentar

Quando se fala em dietas, uma das coisas mais importantes e que não deve ser esquecida jamais é a reeducação alimentar. De nada adianta fazer uma dieta super restritiva, atingir o peso que tinha como meta e não aprender a comer. Nestes casos, é muito mais provável que a pessoa volte a engordar, já que não compreendeu como funciona o organismo e para que serve cada tipo de alimento.
E para entender melhor como age cada um dos nutrientes no corpo, a Pirâmide Alimentar é uma ótima opção. A nutricionista da equipe médica do Dieta e Saúde Erica Lopes afirma que "a Pirâmide Alimentar, antigamente representada por uma roda de alimentos, é muito utilizada hoje para ensinar como ter uma reeducação alimentar, pois a partir de seu formato (triângulo), podemos visualizar todos os grupos de alimentos e saber quais podemos ingerir mais e quais devemos evitar".
Além de demonstrar para que serve cada grupo alimentar, a Pirâmide pode ser utilizada tanto para emagrecer, quanto para manter o peso ideal. O princípio da Pirâmide pode até auxiliar aquelas pessoas que precisam realizar dietas de engorda. Segundo a nutricionista, o que diferencia um tipo de alimentação do outro é a importância dada a cada grupo de alimento, e que só poderá ser obtida com a orientação de um profissional. "Por tratar-se de uma reeducação alimentar, a Pirâmide ajudará a manter, perder ou ganhar peso, tudo dependerá da quantidade de alimentos que for utilizada e do objetivo da pessoa", destaca Erica.
Vale ressaltar que todos os grupos de alimentos existentes na Pirâmide são essenciais e que uma alimentação balanceada é indispensável para manter a saúde. "Cada um destes grupos de alimentos fornece um pouco, mas não todos, os nutrientes que precisamos. Por isso, não podemos substituir um grupo pelo outro, já que nenhum deles é mais importante que o outro", ressalta a nutricionista. "Para uma boa saúde precisamos de todos os grupos de alimentos", finaliza. Existem também Pirâmides Alimentares especiais destinadas a crianças, a pessoas que praticam atividade física e a idosos.


Veja quais são os alimentos de cada grupo e quantas porções, em geral, devemos consumir de cada um:


Grupo 1: os carboidratos (pão, batata, macarrão, arroz) - principal fonte imediata de energia = são os chamados Energéticos.
Grupos 2 e 3: o das verduras, legumes e frutas - fontes de vitaminas, minerais e fibras (essenciais para o bom funcionamento do organismo) = são os chamados Reguladores.
Grupos 4, 5 e 6: o das leguminosas (lentilha, ervilha, feijão, grão de bico e soja) que são as proteínas vegetais; o das carnes (brancas, vermelhas, ovo) que são das proteínas animais e o dos leites e derivados (iogurtes, queijos) também representando as proteínas animais - todos eles têm a função de crescimento, desenvolvimento e formação de massa muscular = são os chamados Construtores.
Grupos 7 e 8: o dos óleos, gorduras, açúcares e doces - deverão ser evitados em excesso = são os também chamados Energéticos.


Porções:
O Grupo 1 (Carboidratos) representa de 6 a 11 porções/dia;

O Grupo 2 (Verduras e Legumes) representa de 3 a 5 porções/dia;

O Grupo 3 (Frutas) representa de 2 a 4 porções/dia;

O Grupo 4 (Leguminosas) representa 1 porção/dia;

O Grupo 5 (Carnes) representa 2 a 3 porções/dia;

O Grupos 6 (Leites e Derivados) representa de 2 a 3 porções/dia;

O Grupo 7 e 8 (Óleos, Gorduras e Doces) usar com moderação.


CARBOIDRATOSGrupo 1: Pães e Cereais para o café da manhã e lanches, Pão Francês: ½ unidade ou 1 unidade sem o miolo, Pão de centeio, glúten e integral: 1 fatia ou 25 g, Pão de milho ou de hambúrguer: ½ unidade, Pão Sírio: ½ unidade pequena, Pão Italiano: 1 fatia ou 30 g, Pão de queijo: 1 unidade média ou 25 g, Pão de batata sem catupity: ½ unidade grande, Biscoito de água e sal e cream cracker : 3 unidades, Biscoito Maria: 3 unidades, Biscoito Maisena: 3 unidades, Biscoito Aveia e Mel: 3 unidades, Biscoito Maçã e Canela: 3 unidades, Waffer: 1 unidadeMusli® ou Granola: 1 colher (sopa) ou 15 g Sucrilhos®: ½ xícara (chá), Aveia, centeio e cevada: 2 colheres (sopa) Arroz e substitutos para o almoço e jantar, Arroz: 2 colheres (sopa), Arroz integral: 2 colheres (sopa) ou 40 g, Batata cozida: 1 unidade pequena, Batata sauté: 2 colheres (sopa) ou 30 g
Purê de batata: 2 colheres (sopa) ou 40 g, Mandioca cozida: 1 pedaço pequeno ou 35 g, Inhame: 1 colher (sopa) ou 37 g, Farinha de mandioca: 2 colheres (sopa) ou 23 g, Farofa: 1 colher (sopa) ou 20 g, Milho verde: 3 colheres (sopa) ou 60 g, Nhoque: 3 colheres (sopa) ou 70 g, Lasanha: 1 colher (sopa) ou 40 g, Macarrão: ½ xícara (chá) ou 18 g

VITAMINAS, MINERAIS E FIBRAS Verduras e Legumes Cozidos

– Grupo 2: Abóbora, vagem, chuchu, quiabo: 3 colheres (sopa) Beterraba, cenoura: 3 colheres (sopa) ou 60 g Brócoli e couve-flor: 1 xícara (chá) ou 60 g Berinjela: ½ unidade ou 80 g

Verduras e Legumes Crus

Grupo 2: Acelga, agrião, alface, almeirão, pepino, rabanete, repolho, tomate, rúcula, chicória, couve e espinafre: 1 xícara (chá) Frutas

– Grupo 3: Abacaxi: 2 fatias ou 130 g, Ameixa: 3 unidades médias ou 105 g, Banana: 1 unidade média ou 70 g, Caju: 3 unidades pequenas ou 125 g, Caqui: 1 unidade pequena ou 110 g, Cereja: 6 unidades médias ou 130 g, Damasco seco: 6 unidades ou 70 g, Goiaba: ½ unidade grande ou 94 g, Laranja: 1 unidade ou 110 g, Suco de fruta sem açúcar:1/2 copo ou 120 ml, Limão: 5 unidades ou 140 g, Maçã: 1 unidade média ou 130 g, Pêra: 2/3 da unidade média ou 100 g, Mamão: ½ unidade pequena ou 140 g, Manga: 1 fatia grande ou 100 g, Maracujá: 1 unidade média ou 60 g, Melancia: 1 fatia grande ou 200 g, Melão: 1 fatia grande ou 230 g, Morango: 1 xícara (chá) ou 200 g, Pêssego: 2 unidades médias ou 140 g, Uva: 1 cacho médio ou 120 g, Uva Itália: 7 bagos ou 80 g, Uva passa: 2 colheres (sobremesa) rasas ou 30 g

PROTEÍNAS VEGETAIS E ANIMAIS Proteína Vegetal (Leguminosas)

– Grupo 4: Feijão, lentilha e grão de bico: 3 colheres (sopa) ou 50 g Proteína Animal (Carnes e derivados)

– Grupo 5: Filé de carne vermelha: 1 unidade pequena grelhada ou 100 g, Bife à milanesa: 1 unidade pequena, Carne assada: 4 fatias finas, Estrogonofe: 3 colheres (sopa), Carne moída: 4 colheres (sopa), Filé de frango: 1 unidade média, Coxa de frango: 1 unidade média, Peito de frango: 1 filé médio, Peito de peru: 1 filé médio ou 90 g, Blanquet de peru: 6 fatias médias ou 60 g, Camarão cozido: 1 pires (chá), Postas de peixe: 1 unidade média, Filé de peixe: 1 unidade média ou 150 g, Kani Kama: 10 unidades, Atum em água: ½ lata,Ovo: 1 unidade, Rosbife: 4 fatias, Frios light (mortadela e presunto): 2 fatias finas, Salsicha: 1 unidade

Proteínas Animais (Leite e derivados)

– Grupo 6 Leite desnatado: 1 xícara (chá), Iogurte light: 1 unidade de 200 ml, Queijo branco: 1 fatia ou 30 g, Queijo mussarela ou prato light: 2 fatias finas, Ricota: 1 fatia grossa Cottage: 2 colheres (sobremesa), Requeijão light: 1 colher (sopa), Cream cheese light: 1 colher (sopa), Polenguinho light: 2 unidades, Mussarela de búfala: 1 bola média

ÓLEOS, GORDURAS E AÇÚCARES

– Grupo 7 e 8 Usar com moderação


De olho na balança
Controle o ponteiro da balança


Passada a fase difícil de adaptação e o longo caminho rumo ao peso ideal, é hora de comemorar - e quem já ouviu falar em festa sem boa comida? Calma, nada de desespero.
A nutricionista Maria Eduarda Ourivio, da equipe RG Nutri, juntamente com o Minha Vida, montou uma cartilha de bons hábitos que, seguidos durante a dieta e depois dela, vai garantir o sucesso do seu regime por muito tempo.


Lição número 1: Carboidratos no prato. Essa faz parte do bê-á-bá que todo mundo conhece, mas insite em desobedecer. Além de não oferecer todos os nutrientes necessários ao organismo, o cardápio que corta de vez os carboidratos (a famosa saladinha com um grelhado) faz com que o metabolismo mude repentinamente. Resultado: o organismo, acostumado com pouca comida, vai economizar energia, queimando mais lentamente as calorias. Por isso, opte sempre por um prato com os principais grupos alimentares: carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis. É só não exagerar. "Não coma arroz e batata na mesma refeição, por exemplo, pois os dois são carboidratos", diz a nutricionista.


Lição número 2: Mexa mais, coma menos Começar a praticar uma atividade física junto com o início da reeducação alimentar está entre as lições mais importantes para quem quer não só manter o peso ideal, como melhorar o bem-estar. A atriz Nathalia Rodrigues venceu os quilinhos extras e hoje conta que está satisfeita com o próprio corpo. "Corro três vezes por semana de 8 a 10 km. E alterno os dias de corrida com boxe e ioga para sempre manter a forma." Vale lembrar que uma caminhada de 40 minutos, três vezes por semana, já conta como atividade física.


Lição número 3: Jejum nem pensar Quanto menos você come, mais você emagrece? Negativo! Ao ficar em jejum ou pular refeições, mais fome você vai sentir. Sem contar que é muito mais fácil resistir às tentações com o estômago cheio. Outro motivo para você fazer pelo menos seis refeições diárias é que, desta forma, você estará ativando seu metabolismo. Mas fique atenta ao tamanho das porções, combinado?


Lição número 4: Encha a bolsa de petiscos Para não ser pega desprevenida na hora dos lanchinhos que intercalam as três principais refeições do dia, tenha sempre alimentos práticos na bolsa ou na gaveta do escritório. O cardápio fica a seu critério, mas algumas opções recomendadas pela nutricionista são frutas ou frutas secas, barrinhas de cereal, iogurte e biscoitos integrais, que satisfazem e têm menos calorias do que uma fatia de bolo, por exemplo.


Lição número 5: Inclua um docinho no cardápio Engana-se quem pensa que cortar os doces é regra básica de qualquer dieta. O conselho é não exagerar na dose. "Desde que a ingestão não seja freqüente, os doces são permitidos. É legal dar preferência às compotas, por serem mais saudáveis", diz Maria Eduarda. Pequenos segredos como esses fazem toda a diferença nos seus resultados. Mas, o mais importante é fazer uma dieta adequada a sua rotina e seus hábitos.


SITE: www.uol.com.br – 20 abril 2007

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